Turquia – Um museu a céu aberto


Sempre ouvimos falar que a Turquia e sua “capital” histórica Istambul é um lugar exótico e de extremos. Ela contém dois continentes: Ásia e Europa, e já foi Constantinopla no seu apogeu e glória. A Rota da Seda, o Expresso do Oriente e toda a história Otomana com seu esplendor e seus tesouros.



Viajar por este país é uma experiência única, tal a sua diversidade em todos os segmentos.
Embora Istambul não seja sua capital política é para lá que se dirigem milhares de turistas e viajantes todo o ano. A agitação efervescente da cosmopolita cidade emociona o visitante. O trânsito é caótico, mas funciona; aliás, tudo funciona e muito bem. De fato, eles estão preparados para o intenso turismo.
Andar de barco pelo Bósforo é um passeio imperdível, além de ter de um lado a Ásia e do outro a Europa. As casas monumentais nas margens, os navios de passageiros vindos de todos os lugares, os navios cargueiros e petroleiros, barcos de todos os portes vão e vem numa cadência suave e silenciosa. 
Istanbul é aromática, parece que o espetacular Bazar das Especiarias empresta cheiro para toda a cidade. Este bazar é pequeno em relação ao Grande Bazar, mas é denso.  Mal se pode caminhar, o jeito é entrar nas lojas e comprar temperos, doces e chás maravilhosos. Logo na entrada do Bazar, subindo uma escada escondida, encontra-se o Pandelli, um restaurante tradicional que serve comidas típicas de extrema qualidade. Na verdade, há restaurantes e bares para todos os gostos, mas os típicos são especiais.


O sabor do Balik (peixe), o aroma e a delícia dos Meses (aperitivos) acompanhados ou não de Raki (bebida destilada do anis) são imperdíveis.
Mas a Turquia não é só Istanbul... nem de longe. As pequenas cidades históricas são verdadeiras relíquias. Tudo esta a “flor da terra” em Miletto, Éfeso, Dydima e tantas outras na Turquia do Mar Egeu. As escavações não param nunca... há muito o que se descobrir.
Éfeso, a cidade de mármore, é de tirar o fôlego. Mostra ainda grande parte de seu fulgor quando há dois mil anos era a capital da província Romana na Ásia e a maior metrópole do império depois de Roma. Lá está a imponente fachada de colunas da biblioteca de Celso, além do grande teatro e colunas de templos para todos os lados. Caminhar pelas alamedas nos leva a pensar como era viver em Éfeso.
Pamukkale, conhecida pelo o castelo de algodão e suas piscinas azuis em andares de calcário que se formaram nas ruínas de Hierápolis é simplesmente o máximo. Com um vento suave e um por de sol arrebatador.
A Capadócia é um capítulo a parte; uma cidade lunar. Mais de trezentas igrejas no interior de cavernas escavadas em pedras porosas e pintadas com belos e conservados murais.



A configuração geográfica aliada ao tempo e a erosão criaram seus vales característicos. As famosas formações rochosas chamadas de “chapéus de fadas”, os vales das figuras imaginárias em que cada um vê o quer.



O ponto alto é o passeio de balão, 20 pessoas numa cesta de palha e um balão imenso, colorido que se intensifica com o fogo. Chega-se a mil metros de altura. Com a habilidade e experiência do piloto nem sentimos que estamos tão longe da terra firme. O silêncio e a tranquilidade da experiência única nos leva a contemplar do alto aquele lugar e imaginar que, de fato, estamos em outro planeta.

Pode-se esperar tudo de um país que as palavras começam com “ç” em que o esplendor Otomano e o contemporâneo convivem em absoluta harmonia.