Rembrando - Uma fase de releituras




Em dado momento o pintor sente que aquele tema que está desenvolvendo começa a se esvaziar...


Por mais de 15 anos pintei o tema florações. Quando percebi que estava me repetindo, parei... Fiquei um tempo recolhida.


 

Me lembrei das minhas aulas com Iberê onde costumávamos desenhar a partir de Goya. Acabei me encantando com esse assunto. Estava numa verdadeira "entressafra artística", esgotando meu tema atual e buscando outro. Desenvolver trabalhos a partir dos mestres geniais da pintura era algo que me desafiava  e por isso a ideia me agradava. Desenhos, rabiscos, colagens, telas... 



 "Repetir os grandes mestres faz com que fiquemos mais próximos deles em espírito e técnica..."





No fim, esse meu novo exercício acabou resultando numa exposição.


Chamo de exercício pois sentia que não chegava a ser um novo período da minha vida artística. Era um exercício de olhar, de técnica que me deu muito prazer, e não poderia deixar de faltar na minha linha do tempo, tamanha sua importância no meu desenvolvimento profissional. As releituras foram então um grande degrau para o novo tema que estava ganhando forma e abordarei no próximo post: Cartografia Missioneira.


"Elizethe Borghetti irreverente bem
espelha na arte seu peculiar
temperamento.
A arte sempre foi passarela de 
influência. Herança de pele.
Retomadas por idolatria histórica,
circunstancial, dos grandes mestres.
Sem pecado."

                    Danúbio Gonçalves, 1994




"Incessante é o trabalho de Elizethe Borghetti.
A dimensão humana tem o espectro de nossas contradições.
Como pode alguém ser tão inquieta e 
criar tanta harmonia?
Portais, flores, releitura de clássicos, ...
assim vem Elizethe espargindo sua
obra pelas alamedas do mundo. Mão
pródiga em milgares de alquimia e policromias.
O campo não sonha, floresce."

                            Luiz Coronel, 1993






Ver Também... Para aqueles que admiram o tema releituras, recomendo a leitura de posts que já escrevi aqui no Blog sobre o assunto. Links abaixo. 




             Abraços,

              Lou Borghetti