USA - Charleston, SC - Part II - Trabalho

Sketch/releitura de Vera C. M. Becker a partir da obra Lady and Gentleman in Black, Rembrandt

Alguém já disse: "Ninguém ensina ninguém a ser artista". Cada um traz consigo certa formação, claro, mas também e sempre uma intuição do que seja a arte e a expressão artística. Entendo que um workshop tem a função de quebrar padrões, propor novos meios e novas formas através de um primeiro contato com novas técnicas. É importante aí saber dosar a expectativa e concentrar-se no trabalho e nas atividades propostas, sem a preocupação com o resultado final, num curto espaço de tempo. Eu proponho novas formas e atitudes e, para tal, considero fundamental a disposição ou abertura para uma experiência sempre renovada do olhar sobre todas as coisas que existem ao nosso redor. É essencial aprender a tirar partido do que se encontra próximo e dentro de nós. A expressão, a forma, a comunicação, aperfeiçoadas em cada exercício/trabalho, apontam para as obras futuras. O objetivo de um workshop é provocar a expressão dos participantes. Que o traço seja, não necessariamente belo, mas expressivo! A instrução da técnica, dos meios, dos padrões, etc., é parte básica e pano de fundo presuposto. Porém, se a intuição que o aprendiz traz de si e da arte não for provocada a expressar, pouco se fez. A sensibilidade é necessária, mas a capacidade de expressão é o decisivo para um artista.




Slideshow, Workshop, Charleston SC USA 2012





Slideshow, Workshop, Charleston SC USA 2012 - Trabalhos





Slideshow, Workshop, Charleston SC USA 2012 - Releituras


Vídeo - Feedback de alguns participantes do grupo.


USA - Charleston, SC - Part I - Inspiração


Italo Calvino escreve em As Cidades Invisíveis: "De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas as respostas que dá às nossas perguntas". Charleston me arrebatou pela essência de seu conteúdo bucólico e silencioso. O repouso? Não, a vontade de ver e sentir todas as formas, cheiros e cores. As formas onduladas e torcidas feito esculturas dos carvalhos e tantas árvores, arbustos e o marsh grass circundando em abundância e tons às margens do creek (córrego, riacho). As camélias, todas as flores, todos os pássaros, tantos meandros que do alto parecem árvores feitas de água. 

 Originalmente chamada Charles Town (em honra do rei Charles II da Inglaterra), Charleston está localizada ao centro da costa da Carolina do Sul, na região onde os rios Ashley e Cooper se encontram para alcancar o oceano Atlântico. É a segunda maior cidade – bem como a sede – do condado de Charleston, tendo o apelido de "A Cidade Sagrada". Rica em história, tradição e artes (com notável florescimento na pintura), seu charme sulino atrai cerca de 4 milhões de visitantes por ano. Charleston é famosa por suas plantations e seus gardens – suas incríveis pousadas históricas e sua vegetação exuberante.


 
Ah, as cores... Todas as cores. “A cor, sujeita ao espaço, é fixa e permanente como ele. Brilha no repouso" (L. B. Castel). Naquele lugar, "o tom está para a cor assim como o grave-agudo está para o claro-escuro". Misturar-se àquela atmosfera é, sem dúvida, receber todas as respostas.




The Marsh, 36x28cm

The Winter Creek, 50x40cm

Sunset Winter at Creek, 50x40cm

Pour Rodin, 36x26cm


Walking on the Sun – Vídeo-Arte realizado por Lou Borghetti, em Charleston, Estados Unidos, em fevereiro de 2012, com câmera Canon Power Shot ELPH 100 HS.



"Corpo-e-seu-espectro-feminino ambula ao vento em trapiche de madeira crua banhada por branca luz de sol. Quem compôs solo tão exato? (Para câmera, flauta e salto alto). Que mão calçou os pés que agora calcam? De onde o espírito do vento que lhe veste? Onde nos quer levar o espectro com seu passo em negro e em luz que o fôlego, de olhar, nos falta?"