A linguagem plástica do pintor dispensaria assinatura |
Sou curiosa e criteriosa por natureza.
Assim sendo, procurei investigar o que as pessoas buscaram para chegar ao meu Blog. Curiosamente, um número altíssimo de visitantes chegou através da busca no Google por "LINGUAGEM PLÁSTICA". Resolvi investigar... Conclusão: tarefa árdua...
Lembrei do meu tempo de escola. Formulávamos um conceito e estava tudo revolvido, bons tempos.Linguagem plástica faz parte do cotidiano verbal do artista de forma tão usual como se todo mundo tivesse entendendo, daí a surpresa.
Que me desculpem os entendidos no assunto, aliás, a pauta está aberta e comentários serão muito bem vindos, pois o tema é de amplo interesse.
É um assunto complexo, que vai além de simples conceitos e exige pensamentos filosóficos, questões semânticas, abrangências outras para além das puramente plásticas.
Vamos começar com um conceito básico de dicionário como fazíamos no ensino básico:
Linguagem: Meio sistemático de comunicar idéias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais, etc.
Qualquer sistema de símbolos ou objetos instituídos como signos: Código
A linguagem plástica quebra o padrão estabelecido ou instituído como signos normativos ou códigos estabelecidos e cria novos. Assim, cada artista no uso de sua liberdade criadora, estabelece para si, seus novos signos e formas.
Por exemplo: O famoso cachimbo de Magritte. Onde existe uma contradição palavra – imagem. Um Cachimbo com a frase logo abaixo "Isto não é um cachimbo".
Dica de Leitura: Isto não é um cachimbo de Michel Foucault
Linguagem plástica é a arte de plasmar, modelar, alterar as formas, criar.
Esta abordagem múltipla - poética, lingüística, filosófica, plástica – supõe em considerar que a palavra e a imagem têm a mesma origem, as mesmas funções, estando unidas por diversas afinidades que as tornam cúmplices ao buscar, juntas, o efeito poético. Em síntese, é o ato de fazer - pintar - com propriedade.Para Magritte, a distinção entre o poeta e o pintor parece não mais existir: “o poeta, que escreve, pensa com palavras familiares, e o poeta, que pinta, pensa com figuras familiares do visível. A escrita é uma descrição invisível do pensamento e a pintura é sua descrição visível” (1979, p.686).
Fonte: MAGRITTE, René. Écrits complets. Paris: Flammarion, 1979.
Wonderful creations, especially the "sunflower" !
ResponderExcluirtodas as tarefas sao árduas no que toca a investigação
ResponderExcluirkis .=)
Até onde a inspiração e criatividade são prejudicadas pela técnica? Imagine se um incauto tivesse privado Van Gogh de seus traços por serem novos, diferentes? O modo de olhar e deixar ver imagino que seja uma tarefa árdua, mas extremamente compensatória quando bem sucedida. Interpretar uma obra de arte é tão perigoso como fazer o mesmo com um poema, concorda?
ResponderExcluirBeijos e bom final de semana.
Very beautiful and interesting.
ResponderExcluirmuito ms muito obrigado por seguir ^^
ResponderExcluirÉ difícil comentar...eu escrevo poesia, talvez se lembre de mim...não sou muito entendida, mas
ResponderExcluirsou acarinhada.
Talvez gostasse de encontrar alguém que aprofundasse tantos temas que parecem fáceis e não são...eu sei que não são.
Cheio de interesse o que pretende!
Mas eu não uso técnica ou uso a técnica das palavras e jogo com elas. Jogo, jogos difíceis e
misteriosos, mas a técnica, se esbarra um pouco comigo - pois é uma técnica de palavras que contam as histórias do mundo, as minhas verdades
que parecem simples, mas não são e no fundo de mim mesma, sei que nunca vão atingir o que merecem.
Será que me enalteço a mim própria
Será que não sou quem penso ser
mas alguma coisa sou...isso eu sei e tenho a certeza "Sou Gente"...
Me encantei com sua técnica, com seus propósitos
e seus entendimentos. Me encantei...mas se há técnicas diferentes e há...eu tenho essa técnica comigo...dentro e fora de mim...
Felicidades,
Maria Luísa Adães
Li seu perfil e lamento, mas estou muito longe de mim e de si também...Sou portuguesa e sou
ResponderExcluirEscritora!
Maria luísa
A ideia era uma visita rapida de cortesia, pois sei que também me visitas, porém sai navegando e fluindo entre os teus trabalhalhos e fui ficando, qunado me dei conta eu já havia lido todos os post´s. Posso considerar você uma pessoa intrigante pela escrita e adimirável pelo teu belíssimo trabalho. A vida se redescobre em si. Parabéns!
ResponderExcluirSérgio faço minha suas palavras senti o mesmo era uma simples pesquisa, um simples questionamento e me deliciei com a leitura aqui exposta.
ExcluirAgradeço o carinho e palavras aqui deixadas. São comentários como o de vocês que me motivam a criar as postagens. Espero que continuem me visitando.
ExcluirAbraços
Love your creative and beautiful work.
ResponderExcluirThank you for giving me the opportunity to be around.
Parabéns, finalmente encontrei uma a ideia de linguagem plástica que procurava.
ResponderExcluirOi Lou!
ResponderExcluirEu vim pela mesma busca do google...
"Linguagem Plástica"
Gostei imensamente do que li, e da dica do livro.
Vou ler.
Vou incorporar seu texto a minha aula de Criação de Figurino de Carnaval, com link pra você.
Grato
Estou seguindo o Blog!
Bill
Apreciei o pensamento de Magritte, já que tanto o visível" como o "invisível" demonstram a sensibilidade e a beleza que ambos, poeta e pintor procuram transmitir com o seu trabalho...
ResponderExcluirMuito bom
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