A Desconstrução do Desenho


Conheci o Iberê no final de 1980, mas só passei a frequentar seu atelier em 1982.
Estava na hora de priorizar a forma, o gesto, a emoção em detrimento da técnica acadêmica. Costumo dizer em meu Atelier: Cuidado com desenhos "perfeitos", via de regra lhes falta emoção e identidade.
Em nossos encontros, Iberê buscava grandes mestres da pintura universal. A ele lhe encantava Goya em particular. (Ver post sobre esse tema)
E olhando para uma reprodução impressa em livro, Iberê traçava de um golpe a forma toda, olhando mais para a reprodução do que para seu desenho.
Achei aquilo magnífico e comecei a exercitar.
 Nos primeiros a linha fica dura e sem graça, mas logo o traço foi ficando livre, leve e solto. 






O desenho passou a ter identidade...

















Desenhar faz parte da minha vida de pintora. Ele é, e sempre será a base da pintura. Hoje meus desenhos estão bem mais simplificados, poderia colocar dezenas deles, mas deixo uma mostra do que ando produzindo.





Como diria Iberê: "A linguagem dos pintores é muda, uma mímica especial."

3 comentários:

  1. Tienes toda la razón tus explicaciones trazos que dan vida y resemblanza.
    Un saludo

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  2. Me gustan mucho estos desenhos! Chau, Arianna

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  3. é lindo... gostei... a linguagem dos pintores é muda... expressiva... narrativa, nos contornos dos seus traços... na verdade penso que é um grito... outras vezes um sussurro... mas tem fala.... abraços por sua fala - lamarque

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